Há uma coisa que posso afirmar com convicção “Estou desfrutando o benefício da difusão de computadores”. É a quase não necessidade de ir ao banco. Através de internet, posso resolver quase tudo: verificação do saldo da conta, remessa de dinheiro, pagamento, compras, etc.
No mês passado, a televisão que a gente tinha há muito tempo pifou e atraído pela novidade acabei comprando a televisão de LCD. Fiz até pesquisa de preços nas lojas de vizinhança e a mais barata foi de uma loja virtual de internet e recebi ainda em casa de frete grátis.
Mas o episódio que gostaria de contar agora não tem nada a ver com computador. Isso aconteceu quando o uso do computador ainda era muito raro. Certa manhã, o marido entregou à mulher as faturas a serem pagas no banco. Não consigo guardar o segredo, é a minha esposa. Os bancos funcionam das 10 da manhã às 4 da tarde para o público. Os funcionários trabalham além desse horário fazendo despachos internos. Ela saiu de casa para pegar o início do expediente. Mas quando ela entrou no banco já tinha a fila enorme. Estava na cara horas de espera. Ela teve ataque de raiva, dirigiu-se à mesa do gerente e gritou “Ladrão”. Todos que estavam ao redor olharam para os dois.
O gerente, perplexo, “Senhora, calma, mas porque me chama de ladrão ?” “Quem rouba alguma coisa não é ladrão ?” “Acho que sim”. “Então, você está roubando o meu precioso tempo. Vocês devem aumentar os funcionários para atender tantos clientes” O gerente não sabia como rebater e para fugir da atenção do público chamou um funcionário que estava perto e ordenou que resolvesse a situação. Alegando de assunto urgente, o gerente subiu a escada levando os documentos que estavam em cima da mesa.
Como uma solução, o funcionário propôs que deixasse um cheque no valor de soma das folhas e pegasse mais tarde as folhas processadas por máquina. Quando ele percebeu que todo mundo estava olhando, disse “Alguém mais quer deixar o cheque para depois pegar as folhas processadas ?” Mas ninguém pediu ao funcionário receando que os documentos poderiam ser extraviados. Eu sinto a obrigação de um esclarecimento, este episódio aconteceu num dos raros momentos de má disposição (TPM ?) de minha esposa. Normalmente quando ela pegava a senha na entrada do banco e se a senha for um número 100 a mais, ela calculava que demoraria mais ou menos uma hora e resolvia outras coisas e voltava uma hora depois. Lembra do provérbio universal “Tempo é Dinheiro” ? Certamente, o roubo do tempo dos outros é a mesma coisa que roubar o dinheiro dos outros. Os bancos que cuidam do dinheiro dos outros devem ter isso sempre na mente.