P.S.: No Mundial de Ginástica Artística realizado no início de setembdo em Stuttgart na Alemanha, Diego Hypolito conquistou medalha de ouro no solo e Jade Barbosa medalha de bronze no individual geral. Foi uma façanha para o Brasil que não tem tradição desse esporte ainda competindo com os melhores ginastas do mundo. Jade fez história ao ser a primeira brasileira a ganhar medalha no individual geral.
Vocês devem ter estranhado com a P.S. usada no início do texto, pois pela regra deveria ser no final, ou melhor, após o final. Porém, se considerar o texto acima é continuação do episódio de Jogos Pan-Americanos de agosto, poderia ser permitido, não acha ?
Esta abreviatura P.S. foi frequentemente encontrada até anos atrás nos documentos que circulavam nos escritórios. P.S. é a abreviatura do latim Post-Scriptum que significa literalmente "escrito depois" e é usado para acrescentar algo esquecido após o término da carta. Usar o latim era sinônimo de inteligência, assim sendo a prática de P.S. se alastrou nas empresas. Na verdade esse espaço não era destinado a escrever algo importante. Porém, como P.S. vem por último e impressina o leitor acabou criando mau hábito de escrever o assunto de menos importância no corpo da carta e o mais importante no P.S.. Assim o P.S. ficou como a abreviatura de Parte-Superimportante. Agora na era do computador, é difícil alguém usar P.S. nos e-mails. Nos anos 80, pelo que eu lembre, além de P.S., muitas outras palavras do latim enfeitavam as correspondências. Nas cartas de assesores jurídicos viam-se muitos latins. Até nas reuniões ouvia-se tipo “condição sine qua non” que significa “sem o qual não” que se refere a condição indispensável e essencial. O latim concedia o título de pessoa erudita e realmente só essas pessoas conseguiam manipular com segurança. Na época acabei comprando um minidicionário do latim. Que saudades !
O latim é a língua usada pelo Império romano que quase dominou a Europa. O italiano, o português, o espanhol e o francês e mais alguns sucederam o latim com suas modificações locais e podem ser chamados de irmãos. Quando assisto ao discurso do Primeiro-ministro da Espanha na televisão, consigo entender quase tudo. A pronúncia do francês é difícil, mas se for no texto simples, consigo entender mais ou menos. Na Europa, não deve ser considerado tão gênio alguém falar várias línguas. Há dias, quando estava arrumando os livros velhos no sótão, encontrei o livro de vocabulário inglês que eu usava no colégio no Japão. Foram classificados em 4 partes conforme sua dificuldade. Na parte 1 tem os vocábulos elementares como “be”, “go” “get”. Na 4 tem as palavras compridas e lembro que na época achava muito difíceis e batalhei muito para tentar decorar. Mas, folheando, para minha surpresa, descobri que são fáceis, porque são as palavras originárias do latim. No inglês, as palavras usadas nas ciências e nos estudos acadêmicos são trazidas do latim e acho que isso se aplica para outras linguas ocidentais também. Existiu um idealizador que tentou criar uma língua comum que os povos do mundo usassem para facilitar a comunicação, o polonês Zamenhof. Ele criou "o esperanto" na esperança de unificar as línguas. Mas, até agora não difundiu quase nada. Infelizmente, hoje em dia o dinheiro fala mais alto e quem dominam são os Estados Unidos, por isso sua língua, o inglês, está sendo considerada como a international. Particularmente eu, gosto do inglês por ser conciso, direto e claro. Tem minha simpatia de ser a língua internacional. As línguas latinas me parecem ser mais enfeitadas e sinuosas.
“Espero que o Esperanto deslanche num futuro próximo” , lamúria de um pobre coitado.
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