2007年1月22日月曜日

7 anos, já é coroa ?

No Brasil, as palavras “tio” e “tia” além de significar o grau de parentesco (irmão, irmã dos pais) são usadas também para chamar as pessoas que pertencem a uma geração superior ao grupo da pessoa em questão. As professoras de jardim da infância são chamadas assim e nos ônibus escolares estão escritas “Tia Penha”, “Tio Paulo”, etc. pelas quais as crianças chamam com certa intimidade os donos dos ônibus. Logo que cheguei ao Brasil morei em Itaquera, região de grande São Paulo. Certo dia saí com bicicleta e no caminho fui chamado por um menino nipo-descendente em japonês “Odjissan, pode pegar aquela pipa agarrada na árvore ?” Eu não pensei que o menino falava comigo. Porém, como ao redor não tinha ninguém, percebi que era comigo mesmo. Bastante afobado, balbuciei, “Onde ? Onde?” Foi um choque para mim porque nunca imaginei que fosse chamado de “odjissan” com 16 anos de idade. No Japão, esta palavra é raramente usada, pois tem o sentido como “coroa (velho)”. Fiquei triste me sentindo velho. O menino simplesmente traduziu ao pé da letra “tio” em “japonês “odjissan”, sem saber que em determinadas situações, isso pode causar sensação desagradável.
Enquanto eu escrevia este episódio, minha mulher comentou que também tem uma estória. Ela morava em Coqüera, subúrbio da cidade de Moji das Cruzes, onde muitos japoneses e seus descendentes moram, cerca de uma hora de carro ao leste de São Paulo. Quando tinha 7 anos de idade, ela foi entregar um circular da colônia japonesa (kaijou) ao vizinho. A dona que estava com um bebê no colo veio atender e disse “Espera um pouquinho que vou mandar algumas verduras para sua mãe” e foi entregando o bebê à menina e falou para o bebê “Fica um pouquinho com esta “obassan”. De repente ela se sentiu como uma velha de cabelos grisalhos.

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